Personal | Sintra - Quinta da Regaleira

Olá a todas!
E cá estou eu mais uma vez para vos dar a conhecer a Quinta da Regaleira em Sintra.
Foi a última coisa que visitei (mesmo antes de voltar para Aveiro).

A Quinta da Regaleira possui 4 hectares e ainda um palácio (o Palácio da Regaleira) rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e outras construções de traços góticos, românticos, renascentistas e manuelinos. A proximidade da quinta ao centro histórico é mínima e é sem dúvida um dos sítios de visita obrigatória.

A Quinta é constituída na sua maioria por bosques, que não estão dispostos ao acaso.
A parte de baixo encontra-se muito mais cuidada que os da parte de cima que se vão tornando cada vez mais selvagens. Isto tinha a ver com as crenças do seu proprietário no Primitivismo.

Esta estátua estava situada no Patamar dos Deuses. Não apanhei as outras, mas são 9 estátuas de deuses greco-romanos que foram a maior inspiração para a construção dos jardins da Regaleira.

A Capela da Santíssima Trindade. Tenho a dizer-vos que o detalhe de toda a capela é impressionante; tanto a construção exterior como a interior.
A capela possui ainda um acesso subterrâneo ao Palácio.

A Estufa da Quinta.
O proprietário construiu a estufa como tributo à deusa Flora. Aquele pequeno azulejo azul na entrada representa seis sacerdotisas durante um ritual de fertilidade.

Grutas do Lago da Cascata.
Confesso que era um pouco assustador explorar estas grutas. Não há qualquer luz; excepto nas mais compridas que possuem uns LEDs para nos guiarmos na escuridão.
Através destas grutas é possível atravessar a quinta de um lado ao outro metendo-nos por túneis labirínticos.

O interior das grutas.
Era expressamente proibido fotografar o interior das grutas e monumentos com flash.

E os LEDs que falei acima.

Seguindo pelas grutas, íamos ter ao fundo do Poço Iniciático.
É uma torre invertida que se afunda cerca de 27 metros no interior da terra e possui uma escadaria em espiral. Configura-se como um espaço de sagração onde se intensifica a relação entre a Terra e o céu. 

O Portal dos Guardiões. Possui dois torreões laterais e por um mirante central.
Atrás do mirante, é possível aceder ao fundo do Poço Iniciático (como vêem é possível chegar lá a partir de vários pontos).

Este é o Poço Imperfeito. Tal como o Poço Iniciático, é possível aceder através de grutas.
Este já não possui escada em espiral, mas é possível descer até ao fundo.

A visitar cantinho por cantinho, nos jardins, ainda demorámos um bom par de horas.
Terminado o passeio pelos vários sítios enigmáticos, dirigimo-nos ao Palácio da Regaleira.

Vou mostrar apenas as fotografias do que achei mais interessantes do interior do Palácio, porque senão tinha aqui post para dois dias, no mínimo! :P
Aqui os quartos encontravam-se praticamente vazios e apenas com fotografias de como eram na altura em que o Palácio era habitado.


No primeiro salão em que entramos damos logo de caras com esta lareira monumental!
Encontramo-nos no Salão de Caça como é possível notar pelos detalhes da lareira e das ombreiras das portas. Nos tectos (não vou mostrar todos) transparece o tema do ciclo da vida.

Os tectos altamente trabalhados em madeira e na parede é celebrada a união do proprietário com a sua esposa, Perpétua Augusta.

Vista do Terraço Panorâmico para o Castelo dos Mouros (esquerda) e do Palácio da Pena (direita).

Por último, a Torrinha. A torre mais alta do Palácio.
Rematada com uma esfera armilar e um catavento com a cruz da Ordem de Cristo.

E é tudo!
Honestamente, apreciei bem mais os jardins e lagos do que o Palácio.
Devido às excursões, tornava-se um pouco confuso circular dentro dele, o que não acontecia nos jardins em que andávamos à nossa vontade.
Mas o espírito dentro do palácio é algo inigualável. 

Espero que tenham gostado! Provavelmente já estão fartas deste tipo de post. :P
Mas prometo que o próximo é o último e sem dúvida o melhor! Vou mostrar-vos o Parque e o Palácio da Pena (em que os quartos se encontram quase inalterados; ou pelo menos é o que aparentam)!
Beijinhos!

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